Pétalas brilhantes
Deslumbrantes como a vida
A pulsar em nossas veias
De encantadora beleza
Não sorri
Pois está presa
Com seus nós na garganta
Não falo da planta
Mas da mulher
Que grita
Que agita
Que fala
Sua luta não cala
Suas lamentações
Como pode ser bela e sorrir
Vendo tudo ruir
Cidade sem felicidade
Mares revoltos
Vidas secas
Corações endurecidos
Amores esquecidos
Crianças sem rumo
Inocências perdidas
Sem que sejam
Alvo de preocupação
Todos sem norte
Esperando a morte
Como consolação
Nada pode conter
A força dessa luta
Nada a pode fazer parar
Tem a força pra mudar
Ela
Esta
Essa
Aquela
Sempre Mulher
Que como a flor
Se  desfaz
Se  refaz
Ao nascer
De um novo dia