O Mês de março chegou
Trazendo a chuva
Das águas de março de Jobim
Com ela veio um vírus, um monstro
Um horror, um estopim
Que devasta o mundo
Vasto, imenso e sem fim
Arrebatando vidas
Como água em correnteza
De forma abrupta
Sem delicadeza
De forma cruel, com sofreguidão e frieza
Do medo coletivo
Surge a união
Pessoas que se doam
Pelo seu irmão
Abrindo novos caminhos
Em busca de libertação
Que o medo não nos domine
Que não surte a nossa gente
Que o Corona nos ensine
A viver mais plenamente
Que possamos dar valor
Ao amor e a caridade
Os valores da família
Os valores da amizade
Que o egoísmo e a arrogância desçam do trono
Que evitem o descaso
E o abandono
Que desçamos do salto
Que possamos calçar
Os chinelos da humildade
Sentimento salutar
Que o senso de humanidade
Se dissipe pelo ar
Que esse vírus seja extinto
Que possamos nos salvar
Deixando como exemplo
O poder de se doar
E que o verbo constante
Seja ele, o verbo amar!